Silvia Rêgo: Embaixadora Planetária, Terapeuta Holística, Ufologa, Astronoma Técnica e Consultora Espiritual.
Terapia de Vivências Passadas
No teatro de nossas vidas individuais somos os escritores de nossas tramas e enredos. Talvez não percebamos que cada ação ou escolha é como plantar a semente para o futuro. A planta crescerá na exata proporção da semente que foi plantada. Assim, o primeiro passo a ser dado em conexão com a revisão de vivências passadas é reconhecer que ninguém, exceto nós próprios, pode ser responsável pelas condições presentes em nossas vidas.
O intricado entrelaçamento e interpretação de relacionamentos e eventos podem ser um dos temas mais fascinantes para revisão em toda a vida de uma pessoa. Quando sua vida estiver desequilibrada ou os eventos parecerem fora de controle é chegado o momento de interrogar-se e verificar onde está o real início dessa condição.
Em uma terapia que envolve vivências passadas o indivíduo aprende a questionar-se e a ouvir as respostas. Ao tornar-se eficaz nessa técnica terá acesso àquela parte de sua mente sempre que precisar de maior informação sobre si mesmo e sobre a vida ao seu redor.
É possível evocarmos lembranças ou conceitos de experiências de uma vivência passada sem haver necessidade de uso de drogas ou quaisquer outros meios artificiais. Temos um acesso mais fácil ao nosso inconsciente do que imaginamos.
É espantosa a informação que existe na mente humana, não apenas para mim como terapeuta, mas também para o indivíduo que experimenta uma nova parte de seu interior pela primeira vez.
A parte mais importante do processo de regressão consiste em aprender a confiar em sua capacidade para um diálogo entre sua mente consciente e a mente inconsciente. Essa confiança fica estabelecida quando, primeiro, aprendemos a fazer os tipos certos de perguntas e, então, desejamos aceitar as respostas que surgem na mente.
É necessário deixarmos de lado a parte cética da mente e permitir a nós mesmos ouvir a resposta interior. Para evocarmos tais lembranças não é preciso acreditarmos na reencarnação, porque não importa realmente se tais memórias são reais ou fantasiosas. Se elas emergirem de dentro, pertencem a nós e podem dar claramente uma explicação para problemas relacionados a circunstâncias atuais.
O desejo de não emitir julgamento quanto a tais respostas serem ou não corretas parece ser o único pré-requisito para uma bem sucedida sessão de regressão.
A mente consciente parece permitir o surgimento de lembranças específicas somente quando estamos prontos para elas. É espantoso e incrível o poder para contar histórias que jazem na mente de quase todo mundo. A história vai emergindo, linha por linha, cena por cena, mas em ordem inversa, conectando-se às experiências nesta vida somente depois da sessão estar completa. Em geral, tais experiências fluem do inconsciente acompanhadas por profunda emoção.
O indivíduo nunca sabe o desfecho final da trama enquanto não chegar ao ponto solto em seu trauma. Também fico sempre abismada ante o que vai surgindo enquanto a pessoa se submete à regressão, porque nenhum de nós tem ideia de como será o fim dessas sessões.
Com a lembrança surge um profundo senso de alívio, pouco importando qual o tipo de experiência que ficou oculta no passado. O efeito residual é positivo, quase como o alijamento de uma carga mental que foi carregada por tempo demais. Pouco a pouco, a experiência daquela lembrança começa a ser integrada à existência atual, com inteira naturalidade.
Após certo período, o indivíduo percebe que tem uma perspectiva diferente sobre uma determinada situação ou relacionamento, que parece curar a presente situação. O poder da mente é formidável. Com uma nova perspectiva, tomamos novas decisões quase automaticamente e começamos a reescrever nosso script de vida.
Numa sessão de regressão todos são capazes de alcançar a informação, até então oculta, em um estado de vigília completamente natural. Essas sessões duram geralmente cerca de uma hora e revelam informações suficientes para atingir-se um ponto decisivo que esclarecerá condições da vida presente, relacionamentos e padrões. Uma vez esclarecida a chave para remover o bloqueio das questões ocultas, talvez descubra-se que a informação se revela na época exatamente certa e apropriada da vida.
Não devemos nos preocupar se a informação surgida dessas sessões é acurada. Caso seja parte de uma fantasia da pessoa, pertence a ela, portanto é válida psicologicamente. Sendo assim, o que quer que imerja do inconsciente de uma pessoa pode ser sua percepção particular do que realmente aconteceu.
O importante sobre tais lembranças é a maneira como se relacionam a eventos no presente. Se quaisquer dessas revelações fornecer explicações ou esclarecer assuntos trata-se de uma experiência produtiva.
A finalidade da regressão não é lisonjear o ego, mas sim esclarecer e expressar os medos, restrições, culpas e eventos às vezes maléficos de vivências passadas, a fim de serem feitas escolhas mais adequadas no aqui e agora. Quando a pessoa está plenamente consciente desperta a perspectiva, vê tudo através da perspectiva do aqui e agora.
As sessões de regressão eliminam muito trabalho duro, porque as liberações física, mental e emocional são espontâneas e continuam beneficiando muito tempo após terminada a terapia.
A sessão de regressão, no entanto, só é viável se conduzida com a séria intenção de examinarmos padrões psicológicos, a fim de ser adquirida uma melhor qualidade de vida, bem como uma melhoria nos relacionamentos e, eventualmente, um mundo melhor.
Os registros akashikos contêm informações sobre os pensamentos, atos e atitudes de cada pessoa através de toda a história. Tais registros existem em alguma esfera ou nível de energia não prontamente disponíveis a todos nós. Contudo, a inteira história do coletivo humano e da atividade individual está lá para ser alcançada sempre que alguém encontre a chave que se ajusta à fechadura.
Somos ditosamente inconscientes do que podemos ter realizado no passado até o dia em que pudermos manejar essa informação sem que ela se torne uma ameaça à nossa sobrevivência. À certa altura de nosso desenvolvimento o eu superior ou consciência da alma faz com que nos tornemos curiosos sobre questões invisíveis. Muitas vezes a jornada começa como resultado de uma dor que não podemos conciliar ou compreender.
Aprendemos a meditar, que, na realidade, é um processo de aquietar o cérebro consciente, tão valioso em proteger-nos da verdade, até que alguma sinalização interior nos diga que estamos prontos para sabermos mais.
Em nossa jornada interior é o cérebro consciente que faz as perguntas práticas, que observa e assimila o conhecimento. Entretanto, o cérebro inconsciente tem muitas respostas estocadas, que só emergem na quietude necessária para serem ouvidas em um nível superior. Aprender a dialogar com o inconsciente é tão simples como aprender a fazer as perguntas adequadas e ouvir as respostas que vêm de dentro.
Certas pessoas parecem ter um acesso mais fácil do que outras à informação contida no inconsciente. Em determinadas sessões de regressão a informação flui, em outras, temos que nos empenhar bastante para facilitar o fluxo de informação que parece retido ou sepultado no interior. A nossa função é manter a pessoa na trilha certa, fazendo-lhe perguntas que a levarão às próprias respostas. Se estamos seguindo a trilha certa, ela pode corrigir nossas percepções apenas ligeiramente para esclarecer com exatidão como é que experimenta uma dada situação.
O importante é não deixar a mente divagar, saindo do ponto crucial, uma vez que após duas ou três horas a pessoa pode ficar cansada. Parece que a duração do tempo é exata para fazer emergir uma determinada dose de informação concernente a uma vivência passada.
O equilíbrio do trabalho entre o hemisfério consciente e inconsciente da mente centraliza e permite que a informação flua.
É importante que o indivíduo deixe escapar somente aquilo com que é capaz de lidar no momento. Neste sentido, o prático cérebro consciente tem uma função inestimável, uma vez que esta parte analítica da mente atua como guardião dos portais do inconsciente. O indivíduo deve confiar na função de seu cérebro consciente certo de que só liberará o que for adequado ao momento.
A instrução mais importante dada por nós, terapeutas, é que o indivíduo deve procurar confiar em sua fantasia mesmo que julgue estar inventando uma história, devendo seguir essa linha do instinto. Poderá modificar a história quantas vezes for necessário para contá-la direito.
Seus sentimentos têm muito a ver com o fato de a história ajustar-se bem à ele ou não. Se, na realidade, todo o processo for simplesmente fantasia, a fantasia pertence à pessoa. Ele seleciona uma dada situação, cenário e roupagens inteiramente por acaso, que não se trata mais de acaso quando a sessão termina.
A revisão de uma vivência passada pode ajudar um indivíduo a ver onde e como desenvolveu certos julgamentos que o limitam no presente. Essas recordações são muitos subjetivas. Talvez sejam significativas apenas para a pessoa que as revive. Permanece o fato de que as memórias extraídas causam não apenas um profundo senso de alívio, mas também uma atitude modificadora de vida.
As regressões parecem ter sido particularmente proveitosas no trabalho de recuperação de alcoólatras ou drogados. O vício não apenas aconteceu na vida presente, mesmo existindo uma causa genética, mas pode sim ter sido desenvolvido no decorrer de muitas vivências passadas, quando as drogas ou o álcool foram utilizados como forma de apagar o sofrimento.
Esta perspectiva parece dar ao alcoólatra ou drogado a aptidão de perdoar a si mesmo, além de lidar com o problema resultante do vício. Na maioria dos casos, para a solução dos problemas que podem ter levado séculos desenvolvendo- se, fica claro que não há tempo melhor do que o presente.
"Abençoe seu inimigo, pois ele permite que você cresça" Escolhemos, então, determinados pais e mães, irmãos e irmãs, bem como estilos de vida que possam ajudar o nosso progresso ao longo da senda, ao invés de retardá-lo. Por vezes, dificuldades e dureza são a única maneira de podermos reconciliar o equilíbrio cármico. Infelizmente, parecemos efetuar nosso aprendizado em meio ao sofrimento, restrição, limitações e dificuldades.
De qualquer modo, é raro reconhecermos a criação de uma dada condição ou nos responsabilizarmos por ela. Em vez de atirarmos a culpa em outras pessoas ou condições, se começarmos a interrogar-nos sobre o que iremos aprender ante uma determinada situação estaremos à caminho de progredir.
O perdão se segue à responsabilidade. Geralmente há uma dívida a ser paga ou uma lição a ser aprendida. O perdão a si mesmo atua como o mais potente agente curador de todos. Essa auto-absorvição nasce de uma postura de responsabilidade e não de rejeitarmos nosso papel em uma interação com uma pessoa ou situação.
A sessão de regressão tem um proveito duradouro por um número incontável de anos, já que a informação continua a subir à superfície durante muito tempo depois de realizada a sessão, sem qualquer instigação por parte do indivíduo.
O processo de integrar essa informação à vida diária começa assim que a sessão termina. Após as sessões, a perspectiva é a coisa mais importante a mudar na vida do indivíduo. Os padrões e dados que foram reordenados na sessão de regressão fazem com que a pessoa viva a sua vida de uma forma diferente, simplesmente porque ela começa a tomar tipos diferentes de decisões.
Regras básicas:
1. A linguagem no tempo presente o mantém envolvido emocionalmente na cena, sendo extremamente importante como parte da combinação para abrir a sala de arquivos do inconsciente.
2. Acredite em tudo que brotar de sua mente, mesmo que não faça sentido no momento. Deixe de lado a mente crítica e confie em sua intuição.
3. Elimine de seu vocabulário a palavra lembrar, porque lembrar (ou recordar) empurra as coisas normalmente para o passado, em vez de situá-as no presente.
4. Descreva os eventos o mais detalhadamente possível. Os detalhes manterão ocupado seu cérebro consciente, a fim de que o inconsciente possa liberar a informação que lhe é necessária.
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